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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Do amor e outros demônios

 Achei essa obra bastante inteligente, apesar de não ter me prendido a atenção. Ela condena o que o homem não sabe explicar ou aceitar.

Toca em assuntos delicados que culminam na escravidão e no controle e preconceito religioso sobre um povo pobre e sem perspectiva.

Rotular alguém é determinar o comportamento do indivíduo a partir de um etiquetamento social esperado. Isso é altamente prejudicial para o desenvolvimento humano.

Por meio da reprovação social escondemos talentos, sonhos e/ou a própria essência. Adoecemos por nos tornarmos medíocres diante a própria existência.

A consciência é um terreno inviolável. Não permita que ela seja reprimida.

Lívia Longo

#oamor #gabrielgarciamarquez

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Não se pode não comunicar. O silêncio, o ensimesmamento, a imobilidade ou qualquer outra forma de renúncia já é em si uma forma de comunicação.

Apenas o contexto pode oferecer interpretação. a comunicação não termina no que se fala.

O terapeuta, como receptor, precisa penetrar no mundo do outro, viver seu papel sem perder de vista o próprio, abstendo-se de seus valores no momento dessa captação. Essa compreensão fenomenológica torna possível a captação do significado da mensagem sem o perigo da contaminação.

Tereza Cristina Erthal

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Como trabalhar com grupos (Cap 1) - EGO

É necessário ressaltar que a psicanálise contemporânea alargou a concepção da estrutura da mente, em relação à tradicional fórmula simplista do conflito psíquico centrado no embate entre as pulsões do ld versus as defesas do ego e a posição do superego. Na realidade, os psicanalistas aplicam na prática clínica os conceitos de: 


  • ego auxiliar (é uma parte do superego resultante da introjeção, sem conflitos, dos necessários valores normativos e delimitadores dos pais); 
  • ego real (corresponde ao que o sujeito realmente é em contraposição ao que ele imagina ser);
  • ego ideal (herdeiro direto do narcisismo, corresponde a uma perfeição de valores que o sujeito imagina possuir, porém, de fato, o sujeito não os possui e nem tem possibilidades futuras para tal, mas baseia a sua vida nessa crença, o que o leva a um constante conflito com a realidade exterior); 
  • ideal do ego (o sujeito fica prisioneiro das expectativas ideais que os pais primitivos inculcaram nele); 
  • alter-ego (é uma parte do sujeito que está projetada em uma outra pessoa e que, portanto. representa ser um "duplo" seu); 
  • contra-ego ( é uma denominação que eu proponho para designar os aspectos que, desde dentro do self do sujeito, organizam-se  de forma patológica, e agem contra as capacidades do próprio ego. 

Como trabalhar em grupos? (Cap 1)

A essência de todo e qualquer indivíduo consiste no fato dele ser portador de um conjunto de sistemas: desejos, identificações, valores, capacidades, mecanismos defensivos e, sobretudo, necessidades básicas, como a da dependência e a de ser reconhecido pelos outros, com os quais ele é compelido a conviver. Assim, como o mundo interior e o exterior são a continuidade um do outro, da mesma forma o individual e o social não existem separadamente, pelo contrário, eles se diluem, interpenetram, complementam e confundem entre si.
Com base nessas premissas, é legítimo afirmar que todo indívíduo é um grupo (na medida em que, no seu mundo interno, um grupo de personagens introjetados, como os pais, irmãos, etc., convive e interage entre si), da mesma maneira como todo grupo pode comportar-se como uma individualidade (inclusive podendo adquirir a uniformidade de uma caracterologia específica e típica, o que nos leva muitas vezes a referir determinado grupo como sendo "um grupo obsessivo", ou "atuadoÍ", etc.). 
É muito vaga e imprecisa a definição do termo "grupo", porquanto ele pode designar conceituações muito dispersas num amplo leque de acepções. Assim, a palavra "grupo" tanto define, concretamente, um conjunto de três pessoas (para muitos autores, uma relação bipessoal já configura um grupo) como também pode conceituar uma família, uma turma ou gangue de formação espontânea; uma composição artificial de grupos como, por exemplo, o de uma classe de aula ou a de um grupo terapêutico; uma fila de ônibus; um auditório; uma torcida num estádio; uma multidão reunida num comício, etc.
 Da mesma forma, a conceituação de grupo pode se estender até o nível de uma abstração, como seria o caso de um conjunto de pessoas que, compondo uma'audiência, esteja sintonizado num mesmo programa de televisão; ou pode abranger uma nação, unificada no simbolismo de um hino ou de uma bandeira, e assim por diante.

Características de grupo:


  • Todos os integrantes do grupo estão reunidos, face a face, em tomo deu ma tarefa e de um objetivo comuns ao interesse deles. 
  • O tamanho de um grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável preservação da comunicação, tanto a visual como a auditiva e a conceitual. . 
  • Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o cumprimento das combinações nele feitas. Assim, além de ter os objetivos claramente definidos, o grupo deve levar em conta a preservação de espaço (os dias e o local das reuniões), de tempo (horários, tempo de duração das reuniões, plano de férias, etc.), e a combinação de algumas regras e outras variáveis que delimitem e normatizem a atividade grupal proposta. 
  • O grupo é uma unidade que se comporta como uma totalidade, e vice-versa, de modo que, tão importante quanto o fato de ele se organizar a serviço de seus membros, é também a recíproca disso - Cabe uma analogia com a relação que existe entre as peças separadas de um quebra-cabeças e deste com o todo a ser arÍnado. 
  • Apesar de um grupo se constituir como uma nova entidade, com uma identidade grupal própria e genuína, é também indispensável que fiquem claramente preservadas, separadamente, as identidades específicas de cada um dos indivíduos componentes do grupo.
  • Em todo grupo coexistem duas forças contraditórias permanentemente em jogo: uma tendente à sua coesão, e a outra, à sua desintegração. 
  • A dinâmica grupal de qualquer grupo se processa em dois planos, tal como nos ensinou Bion: um é o da intencionalidade consciente (grupo de trabalho), e o outro é o da interferência de fatores inconscientes (grupo de supostos básicos). É claro que, na prática, esses dois planos não são rigidamente estanques, pelo contrário, costuma haver uma certa flutuação e superposição entre eles.
  • É inerente à conceituação de grupo a existência entre os seus membros de alguma forma de interação afetiva, a qual costuma assumir as mais variadas e múltiplas formas. Nos grupos sempre vai existir uma hierárquica distribuição de posições e de papéis, de distintas modalidades. É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, rnecanismos defensivos, funções, fenômenos resistenciais e transferenciais, etc., além de alguns outros fenômenos que são próprios e específicos dos grupos, tal como pretendemos desenvolver no tópico que segue. 

Logoterapia e Espiritualidade

O suprasentido é o horizonte para o qual aponta a transcendência originária de todo ser-homem, o Tu eterno presente relacionalmente a toda pessoa espiritual. Ao se deslocar de todo habitat natural, ao destacar-se de todo meio que o condicionasse a partir de sua dimensão anímica, o ser espiritual estranha a si mesmo, questiona a si mesmo, duvida de seu próprio fundamento. De sua dúvida, ele direciona-se para o absoluto. Geralmente, de acordo com Frankl (1946/1989), o sentido último é desdobrado quando as pessoas encontram-se no final de suas vidas, e a religião é entendida, nesta concepção, como uma forma do homem tentar direcionar-se para este sentido último, que também se mostra como único, singular e relativo a cada pessoa na vivência particular de sua existência (Scheler, 1928/2003; Frankl, 1978/2005).

Portanto, a religiosidade teria, para Frankl (1948/2007), um papel de orientar o direcionamento do homem para seu sentido ultimo, porém, sempre que os valores, costumes, morais e institucionalizações das religiões e igrejas se imporem a frente da relação vivencial e genuína da pessoa espiritual com o absoluto, mais objetivante, "coisificante" e distante da relação ontológica com o sagrado tal religiosidade se apresentará.

A religiosidade... Só é genuína quando existencial, quando a pessoa não é impelida para ela, mas se decide por ela... A religiosidade verdadeira, para que seja existencial, deve ser dado o tempo necessário para que possa brotar espontaneamente (Frankl, 1948/2007, p. 69).

Contudo, a espiritualidade caracterizaria a dimensão eminentemente humana e existencial, aberta e transcendente, que se constitui como consciência e responsabilidade. Esta dimensão relaciona-se com a totalidade, tomando-a enquanto horizonte. Apontando para o absoluto, a relação espiritual originária com o sagrado, essa linguagem que expressa a relação do Eu com o Tu eterno, é o que Frankl entende por religiosidade. Poderia, sinteticamente, ser colocada a espiritualidade como a dimensão propriamente humana que se abre para o mundo e a religiosidade como a qualidade do espírito que está em relação com a totalidade, constituindo-se como a palavra dirigida ao absoluto. Nesse sentido, a espiritualidade e a religiosidade tornam-se questões reconhecidamente humanas para a Análise Existencial e para a Logoterapia, não se constituindo como epifenômenos resultantes de fantasiais ou de projeções do homem para reconfortar a existência, pressuposta sem sentido. Pelo contrário, a relação com a instância do absoluto abre-se como uma categoria ontológica da antropologia frankliana, e é exatamente por um viés filosófico e psicológico que tal diá-logo é reconhecido e possibilitado. Retomando a compreensão de supra-sentido, Frankl (1948/2007) entende que a vontade humana não só por um sentido concreto, mas também por um sentido último, constitui-se como a fé religiosa, a fé no supersentido. Logo, a vontade de sentido último, em si, já demonstra a expressão da religiosidade no homem, do direcionamento espiritual para o absoluto.  

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Canto do Sentido

Vida no canto
Ali se esconde, se esclarece
Sente, foge, passa
Segue seu caminho despercebida
Pelos esconderijos incertos.
Um lugar, uma melodia
No tempo.
Os versos se compõem
De dores e alegrias,
Do mundo.
Aprende a escutar o silêncio
É o sopro do vento,
A essência e o fermento.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ACP - Como poderei oferecer uma relação de ajuda?

1. Poderei conseguir SER de uma maneira que possa ser aprendida pela outra pessoa como merecedora de confiança, como segura ou consistente no sentido mais profundo do termo?
2. Poderei ser suficientemente expressivo enquanto pessoa para que o que sou possa ser comunicado sem ambiguidades ?
3. Serei capaz de vivenciar atitudes positivas para com o outro - atitudes de calor, de atenção, de afeição, de interesse, de respeito ?
4. Poderei ser suficientemente forte como pessoa para ser independente do outro ?
5. Estarei suficientemente seguro no interior de mim mesmo para permitir ao outro ser independente? Poderei dar-lhe liberdade de ser ? Ou sinto que ele deveria seguir meus conselhos, ou permanecer um pouco dependente de mim, ou ainda tomar-me como modelo ?
6. Poderei permitir-me entrar completamente no mundo dos sentimentos do outro e das suas concepções pessoais e vê-los como ele os vê, a ponto de perder todo desejo de avaliá-lo ou julgá-lo?
7. Poderei aceitá-la como ela é? Ou poderei apenas colhê-la condicionalmente, aceitando alguns aspectos da sua maneira de sentir e desaprovando outros, silenciosa ou abertamente?
8. Serei capaz de agir com suficiente sensibilidade na relação para que meu comportamento não seja percebido como uma ameaça?
9. Poderei libertá-lo do receio de ser julgado pelos outros?
10. Serei capaz de ver esse outro indivíduo como uma pessoa em processo de tornar-se ela mesma, ou estarei prisioneiro do meu passado e do seu passado ? .
Fonte: Rogers, C. 1985. Torna-se Pessoa. 6a Edição. Editora WMF Martins Fontes, São Paulo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Logoterapia - Noodinâmica


 Noodinâmica: dinâmica existencial em um campo de tensão representada por dois pólos:
sentido a ser realizado;
pessoa que o realiza.
A ideia de homeostase, pressupõe que o indivíduo necessita de um equilíbrio total, livre de qualquer tensão. No entanto, essa noção de higiene mental pode ser errônea em algum aspecto, pois afasta a realidade de que existem desafios à espera de seu cumprimento, os quais impulsionam a existência humana.
Desta forma, o terapeuta que deseja incrementar saúde mental em seus pacientes, não deve ter receio de criar uma sadia quantidade de tensão através da reorientação do sentido da sua vida.

domingo, 6 de janeiro de 2019


A palavra que se opõe ao sucesso, é a preguiça. Frequentemente deixamos de experienciar feitos, pequenos ou grandes, por se eximir da responsabilidade em assumir algo trabalhoso.
Reitero Shackleton, o grande líder navegador: o prazer está na luta, em cada conquista. Coisas fáceis, não oferecem recompensas às grandes pessoas, não enobrecem o caráter. Viver à deriva, é deixar-se levar para um destino inóspito.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Tristeza x Depressão


Se alguém diz "ando meio deprê, em geral pensamos em um período de tristeza. No entanto, o termo depressão tem esses dois sentidos: de tristeza e de doença. É fundamental diferenciar uma coisa da outra. A depressão-tristeza é diferente da depressão-doença. A primeira faz parte da vida, tem um potencial transformador. Já a depressão é paralisante, precisa de um tratamento específico.


Fonte: Botega, N. J. (2018). A tristeza transforma, a depressão paralisa. São Paulo: Benvirá.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Logoterapia - Otimismo Trágico


Otimismo trágico: capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo positivo ou construtivo. Em outras palavras, o que importa é tirar o melhor de cada situação dada.
Transformar o sofrimento numa conquista e numa realização humana;
Retirar da culpa a oportunidade de mudar a si mesmo para melhor;
Fazer da transitoriedade da vida um incentivo para realizar ações responsáveis.
Devemos manter bem claro, no entanto, que o otimismo não pode ser resultado de ordens ou determinações. Sua busca é estritamente individual.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Logoterapia - Tríade Trágica


Tríade trágica: aspectos da existência humana que podem ser circunscritos por:
Sofrimento;
Culpa;
Morte.
Quem poderia se distanciar de qualquer um destes sintomas ? Quem poderia desfazer o feito ? 
Porém sempre se dá a escolha de uma atitude frente a eles e sempre se dá o desenvolvimento de outras possibilidades.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Logoterapia - Visão de Homem


Frankl (2005) propõe uma visão de homem que engloba três dimensões:




Somática: envolve aspectos corporais como as funções fisiológicas.




Psíquica: contemplamos os aspectos psicológicos como as sensações, sentimentos, instintos, desejos, afetos, cognições e emoções.




Noológica ou espiritual: engloba o que é essencialmente humano, os fenômenos humanos. É nesta dimensão que se encontram as decisões que tomamos, a criação estética, religiosidade, apreensão de valores, o sentimento ético. .

Além disto, Frankl não deixa de considerar que o ser humano constitui-se imerso e influindo no jogo de forças sociais (Frankl, 1989).

Fonte: Silveira, Daniel Rocha, & Gradim, Fernanda Jaude. (2015). Contribuições de Viktor Frankl ao movimento da saúde coletiva. Revista da Abordagem Gestáltica, 21(2), 153-161.

domingo, 25 de novembro de 2018

Logoterapia


Logoterapia é uma teoria psicológica fundamentada em uma Antropologia da pessoa que traz uma concepção tridimensional e completa do homem como ser único e total. Pautada em enfoques originais, sobre a consciência e o inconsciente, trata da transcedentalidade, da consciência e complementa o inconsciente com a noção da existência do inconsciente espiritual e, sobretudo, com a inclusão do noos (espírito) em toda sua amplitude, sendo chamada de teoria "noodinâmica". Segundo essa visão, o ser humano seria constituído por diversos graus ou camadas: o corporal (físico), o anímico (psíquico) e o espiritual (noético), numa dimensão mais compreensiva do humano. .

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📚 Fonte: Hertz, B. R. (2011). A herança judaica na vida e obra de Viktor Frankl. Curitiba: Editora Juriá.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

"A causa de sua mortandade em massa devia ser procurada exclusivamente no fato de a maioria dos prisioneiros ter se entregue à habitual e ingênua esperança de estar de volta pra casa já para o Natal."

FRANKL, V E (1905-1997), (2007), Em Busca de um Sentido, p. 100. 42 Ed. Editora Vozes.
Certa vez, vivenciei de forma dramática a importância da relação existente entre esse perigosíssemo entregar os pontos, o deixar-se cair, por um lado, e a perda da vivência em função do futuro, por outro. (Leia p. 99 e 100)
Quem conhece as estreitas relações existentes entre o estado emocional de uma pessoa e as condições de imunidade do organismo, compreenderá os efeitos fatais que poderá ter a súbita entrega ao desespero e ao desânimo. Em última análise, meu companheiro foi vitimado porque sua profunda decepção pelo não cumprimento da libertação pontualmente esperada reduziu drasticamente a capacidade imunológica de seu organismo por sucumbir à doença. Assim, a voz de seu sonho acabou prevalecendo...

FRANKL, V E (1905-1997), (2007), Em busca de um sentido, p. 100. 42 Ed. Editora Vozes.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

"Certa vez, vivenciei de forma dramática a importância da relação existente entre esse perigosíssemo entregar os pontos, o deixar-se cair, por um lado, e a perda de vivência em função do futuro, por outro."

FRANKL V E. (1905-1997), 2017. Em busca de um sentido, pg. 98, 42ª ed., Editora Vozes.
Diz Espinoza em sua Ética: "Affectus, qui passio est, desint esse passio simulatque eius claram et distintactam formamus ideam" (A emoção que é sofrimento deixa de ser sofrimento no momento em que dela formamos uma ideia clara e nítida." - Ética, quinta parte: "Do poder do espírito ou a liberdade humana", sentença III).

FRANKL V E. (1905-1997), 2017. Em busca de um sentido, pg. 98, 42ª ed., Editora Vozes.
"A vida é como estar no dentista: a gente pensa que o principal ainda vem, quando na realidade já passou." Bismasck, citado por Viktor Frankl, p. 96, 2017. 
Variando um pouco, poderíamos dizer que a maioria das pessoas no campo de concentração acreditava ter perdido as verdadeiras possibilidades de realização, quando na realidade elas consistiam justamente naquilo que a pessoa fazia dessa vida no campo: vegetar como os milhares de prisioneiros, ou, como uns poucos, vencer interiormente."

Frankl V E. (1905-1997), 2017. Em busca de um sentido, pg. 96, 42ª ed., Editora Vozes.
"Para quem entrega os pontos como pessoa, por não mais conseguir apoiar-se num alvo futuro, a forma de vida interior no campo de concentração acaba desembocando numa forma de existência retrospectiva... Ela se presta para depreciação do presente com seus horrores. Ocorre, porém, que a depreciação do presente, da realidade circundante, implica certo perigo. Isso porque podem ser facilmente esquecidas as possibilidades de influência criativa sobre a realidade, as quais não deixam de existir também no campo de concentração, como ficou demonstrado em diversos exemplos heróicos. A desvalorização total da realidade, oriunda da forma provisória de existência do recluso, acaba seduzindo a pessoa a entregar os pontos completamente, a abandonar-se a si mesma, visto que de qualquer forma "tudo está perdido". Essas pessoas estão se esquecendo de que, muitas vezes, é justamente uma situação exterior extremamente difícil que dá à pessoa a oportunidade de crescer interiormente para além de si mesma. Em vez de transformar as dificuldades externas da vida no campo de concentração numa prova de sua força interna, elas não levam a sério a existência atual e depreciam-na para algo sem real valor. Preferem fechar-se a essa realidade, ocupando-se apenas com a vida passada."

Frankl V E. (1905-1997), 2017. Em busca de um sentido, pg. 95 e 96, 42ª ed., Editora Vozes.

Insuficiência da psiquiatria x psicologia

Os fármacos têm sua importância, mas, não articulam a existência. A existência não é determinação causal. A causa, vem do pensamento cartesi...