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sábado, 15 de fevereiro de 2025

A importância do Cuidar e não do curar

Vivemos em uma sociedade que valoriza soluções rápidas e definitivas. A busca pela cura, muitas vezes, reflete esse desejo de resolver problemas de maneira imediata e definitiva. No entanto, quando falamos de saúde mental e bem-estar emocional, é essencial compreender que nem tudo precisa ser “curado”. Muitas experiências humanas não são doenças a serem eliminadas, mas vivências a serem acolhidas e compreendidas.

A abordagem do cuidado vai além de aliviar sintomas; ela se concentra em acolher a pessoa em sua humanidade, acompanhando suas dores, mas também suas forças, histórias e potencialidades. Cuidar é estar presente, oferecer suporte e criar um espaço seguro onde a pessoa se sinta vista.

No contexto da psicologia fenomenológico-existencial, o cuidado é central. Essa abordagem não busca “consertar” o indivíduo, mas acompanhá-lo na jornada de compreensão de si mesmo e de suas experiências. O foco é permitir que uma pessoa atribua compreensão às suas vivências e encontre recursos internos para lidar com seus desafios.

Faz sentido?

"Sinto, logo existo." Soren Kierkegaard
Lívia Longo | Psicóloga Clínica
CRP 06/168309

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Quando nada acontece

    Entendo que vivemos em um momento de falsas convicções. Achamos que temos o domínio do tempo, do outro, das possibilidades e até de si mesmo enquanto ser ideal. Quando nada acontece, tendemos ao desespero, ao vazio, à plena consciência da falta de controle, à angústia do esperar. 

    A verdade é que a liberdade humana é condicionada a fatores existenciais. Muitas vezes, esquecemos das nossas limitações e custa render-se à elas. Essa necessidade de urgência diante de uma resposta ou do incontrolável, mostra o quão necessitados somos das certezas plenas, mostra a falta. 

    Na tentativa de ter poder, tende-se a aumentar a ansiedade, a compulsão, os rituais e "tocs" Em contrapartida, procuramos cura a médica para tais sintomas, sem antes compreender o seu fundamento. O que eu tenho tentado controlar? Quais situações ou fontes me levam a um lugar de comparação inatingível? Isso tem a ver com a minha própria história? 

    Gosto da ideia de Marcos Almeida e talvez de outros autores, que diz: "esperar é caminhar"; ou, "é na caminhada que se encontra o caminho." Se a resposta não veio, é porque ela não veio. O caminhar nos adverte do respiro, das possibilidades, do aqui-agora - que na realidade, é a única coisa que temos

    Diante do nada, eu tenho o tempo presente ao meu dispor. Como posso vivê-lo de maneira perene?

"Sinto, logo existo." Soren Kierkegaard
Lívia Longo | Psicóloga
CRP 06/168309

Insuficiência da psiquiatria x psicologia

Os fármacos têm sua importância, mas, não articulam a existência. A existência não é determinação causal. A causa, vem do pensamento cartesi...