"Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil." Aristóteles, Ética a Nicomaco
"É com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos." Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe
Em nosso repertório emocional, cada emoção desempenha uma função específica, como revelam sua distintas assinaturas biológicas, exemplo:
Raiva- o sangue flui para as mãos, os batimentos cardíacos aceleram-se e uma onda de hormônios, dentre eles a adrenalina, gera a pulsação, energia suficientemente forte para uma atuação vigorosa.
Medo- o sangue corre para os músculos do esqueleto, como os das pernas, facilitando a fuga; o rosto fica lívido, já que o sangue lhe é subtraído. Circuitos existentes nos centros emocionais do cérebro disparam a torrente de hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto ou pronto para agir.
Felicidade- a atividade do centro cerebral é incrementada, o que inibe os sentimentos negativos e favorece o aumento de energia existente, silenciando aqueles que geram pensamentos de preocupação. Dá disposição e entusiasmo para qualquer tarefa que surja.
Amor- Afeição e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática, o que constitui o oposto fisiológico que mobiliza para luar ou fugir, que ocorre quando o sentimento é medo. Conhecido como resposta de relaxamento, p padrão parassimpático, provoca um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação.
Surpresa- logo erguem-se as sobrancelhas, proporcionando mais luz para a retina e varredura visual mais ampla, dando abertura para receber um acontecimento que veio de forma inesperada, e perceber exatamente o que está acontecendo e conceber o melhor plano de ação.
Repugnância- A expressão facial de repugnância - lábio superior se retorcendo para o lado e o nariz enrugando ligeiramente, sugere, como observou Darwin uma tentativa primeva de tapar as narinas para evitar um odor nocivo ou cuspir uma comida estragada.
Tristeza- Essa acarreta uma perda de energia e de entusiasmo pelas atividades da vida, em particular por diversão e prazeres. Quando a tristeza é profunda, aproximando-se da depressão, a velocidade metabólica do corpo fica reduzida. É possível que essa perda de energia tenha tido como objetivo manter os seres humanos vulneráveis em estado de tristeza para que permanecessem perto de casa, onde estariam em maior segurança. "
GOLEMAN, D. (1995). Inteligência Emocional. Editora Objetiva