Li uma vez que a vida é como um rio tudo leva e lava no seu tortuoso caminho Menos o amor o amor permanece ali contra a correnteza do rio firme e inabalável E às vezes eu duvido que o que nós temos é isso Fico refém ao tentar encontrar os sinais os mais óbvios e os triviais do final de um enredo Só quem amou sabe bem o que é atravessar os silêncios distâncias que são quase intransponíveis E às vezes eu duvido que o que nós temos é isso E aqui no meio do escuro eu quero olhar nos olhos dos medos que eu carrego em mim testemunhar a colisão de mundos e ver nascer um outro com espaço para o rio fluir E o nosso amor permanecer aqui
domingo, 22 de outubro de 2023
domingo, 6 de agosto de 2023
Caneta e Papel
Meu bem, me dê a sua mão
Ao entrarmos juntos na embarcação
Além do que o olho vê
Com o vento em nosso favor
Não temos o que temer
Longe no alto mar sem uma estrela a nos guiar
Com águas tranquilas em mãos
Na luz que dá nome a manhã
Mais perto estaremos do lar
Pra pôr em palavras o que iremos ver
Na rota diante de nós
Descrita por nossas mãos
Com traços, com pontos e vãos
Tempestades certamente irão nos alcançar
Longe no alto mar sem uma estrela a nos guiar
Com águas tranquilas em mãos
Na luz que dá nome a manhã
Mais perto estaremos do lar
Ao entrarmos juntos na embarcação
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
I choose you
Let the bough break, let it come down crashing
Let the sun fade out to a dark sky
I can't say I'd even notice it was absent
Cause I could live by the light in your eyes
I'll unfold before you
Would have strung together
The very first words
Of a lifelong love letter
Tell the world that we finally got it all right
I choose you
I will become yours and you will become mine
I choose you
I choose you
(Yeah)
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Medo bobo
Mistura de medo e desejo
Tô aplaudindo a sua coragem de me ligar
Uma loucura da minha cabeça
Mas quando ouvi sua voz respirei aliviado
A gente se prendendo à toa
Por conta de outra pessoa
Só dá pra saber se acontecer
Foi melhor do que eu imaginei
Se eu soubesse tinha feito antes
No fundo sempre fomos bons amantes
Foi melhor do que eu imaginei
Se eu soubesse tinha feito antes
No fundo sempre fomos bons amantes
No fundo sempre fomos bons amantes
É o fim daquele medo bobo
Maiara & Maraísa / Rubel/ Jão
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Outrória
Pois é
Me tira o chão
Senti o que é amor então
Fazer tanto barulho num só coração
Teu cuidado é desastre
É zona sem hora, sem onde
E agora
Tomou parte de mim
Levou embora o meu pesar
Teu ver me encanta, enfim
Canta perto de mim
Tua voz amansa o teu olhar
O mistério em ti, teu pé
Fora do chão
E o critério perdi até explicação
Fazer tanto barulho no meu coração
Teu cuidado é sem grade
É zona, senhora
O entrave que eu passo que eu beijo
E o quanto me leva pro chão
É por isso que eu canto outrória
Tomou parte de mim
Levou embora o meu pesar
Teu ver me encanta, enfim
Canta perto de mim
Tua…
domingo, 26 de janeiro de 2020
Fica
Contornei sem jeito tuas linhas
Que te entregam e desvendam o melhor em ti
Me encontrei no céu da tua boca
Tu é labirinto, rua sem saída
Me rendi a tua alma nua, vem cá
Esconde que já percebeu
Que todo meu amor é teu amor
Então vem cá
Que nós até Caio escreveu
Parece que nos conheceu
Em mel e girassóis te peço, só te peço
Fica, me queira e queira ficar
Fica
Fica, me queira e queira
Viajei nas suas entrelinhas
Que te entregam e desvendam o melhor em ti
Me perdi no céu da sua boca
Me reencontrei nas suas curvas
Você é labirinto, rua sem saída
Me rendi a tua alma nua, vem cá
Esconde que já percebeu
Que todo meu amor é teu amor
Então vem cá
Que nós até Caio escreveu
Parece que nos conheceu
Em mel e girassóis te peço, só te peço
Fica, me queira e queira ficar
Fica
Fica, me queira e queira ficar
Fica
Faz o que quiser de mim contando que não falte tempo pra me amar
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Duas estradas
Vozes que a gente ouviu
Cenas que a vida expôs
Coisas que a gente sentiu
Só nos dois
Um por um, vou ao lado seu
Ser irmão, ter o meu coração
Em duas jornadas
Viva o que a alma ditar
Quando você se envolveu
Também ganhei mais um par
Peço que o tempo veloz
Possa ventar em vocês
Coisas que o mundo soprou
Só pra nós
Outra vez o amor venceu
Vá, por nós, espalhar sua luz
Por outras estradas
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
Pensando bem
Melhor assim
Você e eu
Até pensei
Que não era pra acabar
Você faz muita falta
Dá saudade de lembrar
De onde a gente iria
Tanta coisa pra viver
Que a gente nem dormia
Canto pra me convencer
A encarar os dias
Tanto pra resolver
Carreira pra traçar
Festa e chá de bebê
Nem mais me sinto só
Quando a saudade vem
Nem lembro mais de nós
Melhor assim, meu bem
Melhor assim (tanto pra resolver)
Você e eu (carreira pra traçar)
Até pensei (festa e chá de bebê)
Que não era pra acabar (não mais me sinto só)
Você faz muita falta
Dá saudade de lembrar (quando a saudade vem)
De onde a gente iria
Tanta coisa pra viver (nem lembro mais de nós)
Que a gente nem dormia
Canto pra me convencer (melhor assim, meu bem)
A encarar os dias
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Hino à solidão
Diz-se que a solidão torna a vida um deserto;
Mas quem sabe viver com a sua alma nunca
Se encontra só; a Alma é um mundo, um mundo
[aberto
Cujo átrio, a nossos pés, de pétalas se junca.
Mundo vasto que mil existências povoam:
Imagens, concepções, formas do sentimento,
— Sonhos puros que nele em beleza revoam
E ficam a brilhar, sóis do seu firmamento.
Dia a dia, hora a hora, o Pensamento lavra
Esse fecundo chão onde se esconde e medra
A semente que vai germinar na Palavra,
Cantar no Som, flores na Cor, sorrir na Pedra!
Basta que certa luz de seus raios aqueça
A semente que jaz na sua leiva escondida,
Para que ela, a sorrir, desabroche e floresça,
De perfumes enchendo as estradas da Vida.
Sei que embora essa luz nem para todos tenha
O mesmo brilho, o mesmo impulso criador,
Da Glória, sempre vã, todo o asceta desdenha,
Vivendo como um deus no seu mundo interior.
E que mundo sublime, esse em que ele se agita!
Mundo que de si mesmo e em si mesmo criou,
E em cuja criação o seu sangue palpita,
Que não há deus estranho aos orbes que formou.
Nem lutas, nem paixões: ideais serenidades
Em que o Tempo se esvai sob o encanto da Hora...
O passado e o porvir são ânsias e saudades:
Só no instante que passa a plenitude mora.
Sombra crepuscular, que a Noite não atinge,
Nem a Aurora desfaz: rosicler e luar,
Meia tinta em que a Alma abre os lábios de Esfinge,
E o seu mistério ensina a quem sabe escutar.
Mas então, inundando essa penumbra doce,
De não sei que sublime esplendor sideral,
Como se a emanação dum ser divino fosse,
Deixa no nosso olhar um reflexo imortal.
Na vertigem que a vida exalta e desvaria,
Pára alguém para ouvir um coração que bate
No seio mais formoso, o olhar que se extasia
Vê o mundo que nele em ânsias se debate?
É só na solidão que a alma se revela,
Como uma flor nocturna as pétalas abrindo,
A uma luz, que é talvez o clarão duma estrela,
Talvez o olhar de Deus, de astro em astro caindo...
E dessa luz, a flor sem forma, há pouco obscura,
Recebe o seu quinhão de graça e de pureza,
Como das mãos do artista, animando a escultura,
O mármore recebe a sua alma — a Beleza.
Se sofrer é pensar, na paz do isolamento,
Como dum cálix cheio o líquido extravasa,
A Dor, que a Alma empolgou, transborda em
[pensamento,
E a pouco e pouco extingue o fogo em que se
[abrasa.
Como a montanha de oiro, a Alma, em seu
[mistério,
À superfície nunca o seu teor revela;
Só depois de sondado e fundido o minério
Se conhece a riqueza acumulada nela.
Corações que a Existência em tumulto arrebata!
Esse oiro só se extrai do minério candente,
No silêncio, na paz, na quietação abstracta,
Das estrelas do céu sob o olhar indulgente...
António Feijó, in 'Sol de Inverno'
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Pra me refazer
Eu fui, sem canto, pra tua direção
Tava sem voz, sem rumo, só coração
Nem sei onde é que a gente se perdeu
Ou se escondeu do nosso bem
Falar pro amor de agora que acabou
Que foi o tempo e que a Lua virou
Me dói de um tanto sem tamanho
Ainda bem que não hesitei em te abraçar
O nó afrouxa até a mão querer soltar
Mas da tua mão eu não larguei até voltar
Pra direção da tua calma, ah-ah-ah-ah
sexta-feira, 24 de maio de 2019
domingo, 5 de maio de 2019
Ben
O mundo que gira veloz
E a vida que corre demais
Sua mãe me contou que você tá demais
E vendo suas fotos me bate saudade
Cansar de brinquedo e jogar
Voltar com a tristeza de baixo do braço
E as pernas crescem demais
Fantasmas voam
Depois que a luz se desfaz
Mas não tem mistério, não
Não tem por que chorar
Não perde um bom dia de onda no mar
Não deixa de me visitar, seu moleque safado
Nem ouve conselho demais
Nem mesmo as bobagens que eu te falo agora
E as pernas crescem demais
Fantasmas voam
Depois que a luz se desfaz
Pessoas gritam
Pessoas falam demais
Mas não tem mistério, não
Não tem por que chorar
Quando se brinca demais
Quando se canta
E não se olha pra trás
Só não se esquece
Que eu sou parceiro
E sem mais
Insuficiência da psiquiatria x psicologia
Os fármacos têm sua importância, mas, não articulam a existência. A existência não é determinação causal. A causa, vem do pensamento cartesi...
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Noodinâmica: dinâmica existencial em um campo de tensão representada por dois pólos: sentido a ser realizado; pessoa que o realiza. ...
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"Não há sentido apenas no gozo da vida, que permite à pessoa realizar valores na experiência do que é belo, na experiência da arte ou ...