Cheguei ao meu destino. O sorriso dos índios, ou inãs, como conhecidos em sua cultura Karajá.
Ficamos acomodados na cidade de Santa Teresinha (TO), na divisa com o Pará. Em sua simplicidade, se faz banhada pelo rio Araguaia, que dá acesso ao território onde os índios brasileiros residem, a Ilha do Bananal.
Senti-me desafiada ao adentrar em local completamente desconhecido. Além de fazer parte de uma equipe que conhecia há poucos dias, não sabia exatamente como unir aquelas pessoas e a Odontologia, a parte que me foi designada, visto que não havia estrutura alguma destinada ao projeto que desenvolveríamos naqueles dias.
Como na foto, era de passível percepção a ausência de higiene bucal daqueles indivíduos aos quais estava exposta. Grande responsabilidade, sensação de impotência e revolta com a saúde pública.
A cultura da aldeia estava missigenada com os homens brancos, e sua alimentação também.
Além dos recursos naturais que o local oferecia, comiam bolacha recheada e salgadinho. Em sua inocência, acreditavam que seriam bem nutridos desta forma.
No entanto, além da precariedade da saúde bucal, apresentavam desnutrição, dst, problemas ginecológicos e de saúde mental, dependência química, dentre outros. Haviam histórias de suicídio acometendo jovens e adultos naquelas aldeias. (Irei abordar esses assuntos nas próximas postagens)
Cabia-me desenvolver um trabalho de transformação. Diante das limitações impostas, como eu iria desempenhar isso ?
Certifiquei-me de que a mudança começava em mim, à medida que me permitia conhecer suas histórias.
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