Acordamos meio dia. Lá existe uma diferença de 2 horas a mais com o fuso horário daqui... mas mesmo assim acordamos bem descansados e tomamos um café delicioso.Tinha uma lata de leite ninho (Nido) gigante, o que nos deixou mal acostumados. Também tinha água de saquinho, pão tipo baguete, maionese, manteiga, banana, refrigerante, marmelada e outras coisas. Nada do que comemos industrializado é produzido em Guiné Bissau. Tudo é importado, em maior parte da Europa, o que torna a comida muito cara e quase que inacessível para a maior parte da população da cidade.
Tiramos essa quinta para realizar a contagem das doações que conseguimos trazer do Brasil, dentre materiais religiosos: Bíblias e estudos Bíblicos; materiais pedagógicos: jogos educativos, massinha de modelar, lápis de cor, canetinha, dvds, alfabeto, números, fantoches; e materiais de saúde: escovas de dentes, e medicamentos.Cada um de nós levou uma mala a mais para transportar as coisas daqui pra lá, com aproximadamente 25 kg cada. Com certeza o resultado será muito positivo aos nossos queridos Guinenses.
Após o almoço, fomos conhecer um pouco da cidade à luz do dia. Como relatei no post anterior, apenas as 4 avenidas principais da cidade são asfaltadas, o que ocasiona muita poeira. Talvez isso tenha sido uma das coisas que mais estranhamos por lá, tempo extremamente seco. Tudo é bem diferente do que estamos acostumados no Brasil. A cultura realmente é bem destoante, mas ficamos conformados em ver que o modo como vivem os fazem felizes, e isso é o que importa. Adaptação é uma das coisas mais importantes para quem quer participar de uma missão. Nada de querer impor sua cultura, querer ensinar um jeito mais fácil...isso só atrapalha. Tivemos que respeitar e conviver com a maneira deles. Mas disso eu falo mais pra frente...
Como lá não existe transporte público como ônibus ou metro, eles fazem públicos os táxis e toca-tocas. Funciona assim: o táxi fica andando pelas ruas, e quando a pessoa deseja seu serviço, pergunta qual é o seu destino. Se o condutor for para o mesmo lugar desejado, a pessoa entra, se não, espera outro. Na maioria das vezes o táxi sempre está cheio, pois ele vai pegando as pessoas ao longo do caminho. Uma corrida custa em torno de 200 à 300 francos por pessoa, o que equivale a 0,80 centavos. Já o toca-toca, é uma van que independente da quantia de pessoas que cabem dentro, elas cabem! rs Não importa se precisa ir em pé, no colo, ou até pendurado. Tudo isso para eles é natural. Não é comum ver sinalização nas ruas, nem mesmo limite de velocidade. A corrida no toca-toca é mais barata, algo em torno de 100 francos, o que equivale a 0,40 centavos. A maioria das pessoas não tem carro, e muitos fazem uso desses transportes.
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