terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Páscoa

A páscoa devia ser tanto comemorativa como típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para o maior livramento que Cristo cumpriria libertando Seu povo do cativeiro do pecado. 
cordeiro sacrifical representa "O Cordeiro de Deus", em que se acha nossa única esperança de Salvação (1 Cor 5.7). Não bastava que o cordeiro pascal fosse morto, seu sangue deveria ser aspergido nas ombreiras; assim os méritos de Cristo deveriam ser aplicados à alma. Devemos crer que Ele morreu não somente pelo mudo, mas que morreu por nós individualmente. Devemos tomar para nosso proveito a virtude do sacrifício expiatório.
hissopo empregado na aspersão do sangue era símbolo da purificação, assim sendo usado para a purificação da lepra e dos que se achavam contaminados pelo contato com cadáveres (Sl 51.7).
O cordeiro devia ser preparado em seu todo, não lhe sendo quebrado nenhum osso; assim, osso algum seria quebrado do Cordeiro de Deus, que por nós deveria morrer (Êx 12.46; Jo 19.36). Assim também representava a inteireza do sacrifício de Cristo.
carne devia ser comida. Não basta mesmo que creiamos em Cristo para o perdão dos nossos pecados; devemos pela fé estar recebendo constantemente força e nutrição espiritual dEle, mediante Sua Palavra (Jo 6.53,54 e 63). Jesus aceitou a lei de Seu Pai, levou a efeito em Sua vida os princípios da mesma, manifestou-lhe o espírito, e mostrou seu benéfico poder no coração (Jo 1.14). Os seguidores de Cristo devem ser participantes de Sua experiência. Devem receber e assimilar a Palavra de Deus de modo que esta se torne a força impulsora da vida e das ações. Pelo poder de Cristo devem ser transformados à Sua semelhança, e refletir os atributos divinos. devem comer carne e beber sangue do filho do Homem, ou não haverá vida neles. O espírito e a obra de Cristo devem tornar-se o Espírito e obra de seus discípulos.
O cordeiro devia ser comido com ervas amargosas, indicando isto, a amargura do cativeiro egípcio. Assim, quando nos alimentamos de Cristo, deve ser com contrição de coração, por causa de nossos pecados.
O uso dos pães asmos era também significativo. Era expressamente estipulado na lei da Páscoa, e de maneira  igualmente estrita observado pelos judeus, em seu costume, que fermento algum se encontrasse em suas casas durante a festa. De modo semelhante, o fermento do pecado devia ser afastado de todos os que recebessem vida e nutrição de Cristo (1 Cor 5. 7 e 8).

WHITE E G. (1827-1915), 2007. Patriarcas e Profetas, pg. 192 e 193, CPB, Tatuí, São Paulo.

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