"Assim partiram de Sucote, e acamparam em Etã, à entrada do deserto. E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho , e de noite, numa coluna de fogo, para os alumiar. para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, a noite" (Êx 13. 21 e 22). Diz o salmista: "Estendeu uma nuvem por sobre coberta e um fogo para os alumiar de noite" (Sl 105. 39). O Estandarte de seu Chefe invisível estava sempre com eles. De dia a nuvem guiava suas jornadas, ou estendia-se como uma cobertura por sobre a multidão. Servia de proteção contra o calor ardente, e pela sua frescura e umidade proporcionava agradável refrigério do deserto ressequido e sedento. À noite, tornava-se em coluna de fogo, iluminando-lhes o acampamento, e assegurando-lhes constantemente a presença divina.
Moisés ficou grandemente perturbado por seu povo manifestar tão pouca fé em Deus, apesar de terem repetidamente testemunhado a manifestação de Seu Poder em favor deles. Como poderiam acusá-lo dos perigos e dificuldades de sua situação, quando ele havia seguido o mando expresso de Deus? Na verdade, não havia possibilidade de salvamento, a menos que o próprio Deus interviesse para os livrar; mas, tendo sido levados àquela situação em obediência à instrução divina, Moisés não tinha o receio das consequências. Sua resposta calma e afirmativa ao povo foi: "Não temais; estais quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis (Êx 14.14)
Agora, porém, que o exército egípcio se aproximava, esperando deles fazer fácil presa, a coluna de nuvem levantou-se majestosamente para o céu, passou sobre os israelitas, e desceu entre eles os exércitos do Egito. Um muro de trevas se interpôs entre perseguidos e perseguidores. Os egípcios não mais puderam divisar o acampamento dos hebreus e foram obrigados a parar. Mas intensificando-se as trevas da noite, o muro de nuvem se tornou uma grande luz para os hebreus, inundando o acampamento todo de claridade.
Então a esperança voltou aos corações de Israel. E Moisés alçou a voz ao Senhor:" Então disse o Senhor a Moisés: por que clamas a Mim? dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.
Apenas Jeová lhes trouxera livramento, e para eles volveram os corações com gratidão e fé. Sua emoção encontrou expressão em cânticos de louvor. O Espírito de Deus repousou sobre Moisés, que dirigiu o povo em uma antífona triunfante de ações de graças, a primeira e uma das mais sublimes que pelo homem são conhecidas (Êx 15. 1-17)
White E G. (1827-1915), 2007. Patriarcas e Profetas, pg. 197-199. CPB. Tatuí, São Paulo
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