quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Anatomia de um Sequestro Emocional

"A vida é uma comédia para os que pensam e uma tragédia para os que sentem." Horace Walpole
O LOCAL DAS PAIXÕES

Nos seres humanos, a amígdala cortical (do grego significando amêndoa) é um feixe, em forma de amêndoa, de estruturas interligadas, situado acima do tronco cerebral, perto da parte inferior do anel límbico. Há duas amígdalas  uma em cada parte do cérebro, instaladas mais para a lateral da cabeça. As estruturas límbicas são responsáveis por grande parte da aprendizagem e da memória do cérebro; a amígdala cortical é especialista em questões emocionais. Se for retirada do cérebro, o resultado é uma impressionante incapacidade de avaliar o significado emocional dos fatos; esse mal é às vezes chamado de "cegueira afetiva."
Sem peso emocional os contatos pessoais ficam insossos. Um rapaz cuja amígdala foi cirurgicamente removida para controlar sérios ataques, perdeu não só a capacidade de discernir sentimentos, como também ter sentimentos sobre sentimentos. A amígdala cortical funciona como um depósito da memória emocional.
O que está ligado a amígdala é mais que afeição; qualquer paixão depende dela. Os animais que tem a amígdala cortical retirada ou seccionada não sentem medo nem raiva, perdem o impulso de competir ou cooperar e ficam sem qualquer noção do lugar que ocupam na hierarquia social de sua espécie. As lágrimas, são um sinal emocional exclusivo dos seres humanos, são provocadas pela amígdala cortical e uma estrutura próxima, a circunvolução cingulada; ser abraçado, afagado ou de outro modo reconfortado acalma essas mesmas regiões cerebrais.
Uma pesquisa de Joseph LeDoux explica como essa amígdala pode assumir o controle sobre o que fazemos quando o cérebro pensante, o neocórtex, ainda está em vias de tomar uma decisão.

O funcionamento da amígdala e sua interação com o neocórtex estão no centro da inteligência emocional.

Neocórtex: racional, criatividade, espiritual, imaginação
Sistema Límbico: controla emoções básicas

GOLEMAN D. (1995). Inteligência Emocional. pg 40 e 41. Editora Objetiva

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